[Resenha] A Cidade do Sol - Khaled Hosseini.

Título: A Cidade do Sol.
Autor (a): Khaled Hosseini.
Editora: Nova Fronteira.
N° de Páginas: 367.

Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rasheed, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seu destino. Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz - 'Você pode ser tudo o que quiser'. Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Confrontadas pela História, o que parecia impossível acontece - Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a História continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do 'todo humano', somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.




Olá, gente. Tudo bem? Sei que faz séculos que não posto aqui e ainda não sei como a Estela não me expulsou. Mas, voltei! 
Hoje, eu trouxe para vocês a resenha de um livro que me tocou muito quando o li. Lembro que eu tinha uns dezessete anos na época e costumava ler apenas livros adolescentes, então essa obra veio para deixar claro para a Roberta adolescente que o mundo não é perfeito e não se resumia ao mundinho dela.

O livro começa nos trazendo Mariam, uma menina de 15 anos. Seu pai, Jalil, é um homem rico e sua mãe, Nana, era uma de suas serviçais, com quem ele acabou tendo um caso. Jalil construiu uma cabana para que Nana criasse Mariam longe da cidade, onde ele tinha três esposas. 

Mariam adorava as visitas do pai, que aconteciam todas as quintas feiras (se não me engano). O problema é que seu pai não aparece em uma dessas quintas. Mariam decidi ir encontrá-lo na cidade e quando ela volta para casa percebe que sua mãe se matou achando que a menina havia fugido de casa.

Jalil, para não se indispor com suas esposas, decide casar Mariam com um sapateiro, chamado Rashid, que mora em outro lugar.

Só há uma coisa na vida que precisamos aprender, e ninguém ensina isso nas escolas. A capacidade de suportar.

Alguns anos depois, nos deparamos com Laila (nascida 19 anos depois de Mariam), uma menina de quatorze anos bonita e educada, que vive com a família e tem um melhor amigo chamado Tariq. O pai de Laila sempre dizia para ela que ela poderia ser quem e o quê ela quisesse. Já sua mãe estava em depressão desde que soubera que um de seus filhos mais velhos morrera na guerra contra os soviéticos.

Quanto uma guerra civil se instala no país, várias famílias começam a fugir para o exterior, assim como Tariq, o melhor amigo pelo qual Laila estava apaixonada. Ele também estava apaixonado por ela e os dois acabam se entregando um ao outro (se é que vocês me entendem) antes que ele vá embora. Tariq pede que Laila vá com ele, mas ela não quer deixar sua família.

Finalmente, a família de Laila decide fugir também, só que no último momento acontece um bombardeio e a menina é a única sobrevivente. Quando ela acorda, percebe que está na casa de seus vizinhos: Rashid e Mariam. Para que ela possa continuar vivendo ali - já que não tem outro lugar para morar - terá de se casar com Rashid.

Com o passar do tempo, foi aos poucos se cansando desse exercício. Começou a achar cada vez mais exaustivas essas tentativas de evocar, de desenterrar, de ressuscitar mais uma vez o que há muito tinha morrido. Na verdade, anos mais tarde, chegaria o dia em que Laila não choraria mais por essa perda. Ao menos, não tanto, não tão constantemente. Chegaria o dia em que os detalhes daquele rosto começariam a escapar às garras da memória.

Essa é uma história muito tocante, que me trouxe um mix de sentimentos, como raiva, revolta, empatia, pena e, por fim, esperança. Eu queria muito que tudo desse certo para essas duas mulheres que começaram a sofrer desde tão cedo. As duas protagonistas, são diferentes, fortes e lutam por aquilo que querem. 

O autor soube nos tocar de forma incrível, com sua escrita simples e formidável! Este livro se tornou um dos meus favoritos, mesmo tendo me feito ficar tão aflita por diversas vezes. O final é inesperado, mas incrível. Um ótimo desfecho para um ótimo livro. Recomendo a leitura!


2 comentários:

  1. Adorei a resenha. E concordo com você: realmente é uma história muito tocante. Esse foi um dos melhores livros que eu já li.

    M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de setembro

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  2. Oi Estelinha e Roberta tudo bem?

    Cidade do Sol é um livro lindo demais e, claro, super emocionante. Me emocionei mais que O Caçador, acredita? A história é um grande exemplo.

    beijo
    Kel
    www.porumaboaleitura.com.br

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